Dirigir no Japão: truques, dicas e quesitos

Pensando em dirigir no Japão? Valeu! Não tem jeito melhor de conhecer um lugar do que explorando por conta própria. Alugar um carro, pegar a estrada, parar onde quiser e curtir o tempo que precisar. Descobrir lugares que não estão nos roteiros turísticos, áreas rurais, parques naturais, cidades litorais… que demais, mesmo.

Aí, é super importante ajeitar tudo e tomar as precauções necessárias. As regras de trânsito não são as mesmas em todo lugar. Os pedágios também não funcionam igual. E você não pode usar qualquer carteira de motorista. A gente arrumou um guia para lhe contar tudo o que precisa saber antes de pegar a estrada no Japão. Vambora?

Carteiras de motorista válidas no Japão

Vamos começar pelo básico: que tipo de carteira precisa para dirigir aqui? Se quer alugar um carro quando chegar planeje com antecedência. Nem toda carteira serve na hora de pegar carro alugado, muito menos para dirigir.

A carteira que vai precisar depende de onde você tirou sua carteira original. Em alguns casos basta tirar uma permissão internacional. Em outros vai precisar de uma tradução oficial do documento. Saiba o que precisa dependendo de seu país de residência ou origem:

1. Permissão Internacional para Dirigir (PID)

Brasileiros, portugueses, americanos, chilenos, a maioria dos viajantes precisa tirar uma permissão internacional antes de sair do seu país. E isso se tramita fácil. No Brasil você faz isso pelo Detran, por exemplo.

Atenção: o Japão só aceita a permissão internacional emitida sob a Convenção de Genebra de 1949. Se seu país emite a PID segundo a Convenção de Viena de 1968 (como acontece em alguns lugares da América Latina), ela não será válida.

2. Carteira nacional + tradução oficial

Quem tirou a carteira na França, Alemanha, Suíça, Bélgica, Mônaco ou Taiwan pode dirigir no Japão sem PID porém sempre precisa apresentar carteira original com tradução oficial para japonês. Tramite essa tradução na embaixada do seu país no Japão ou pedindo na JAF (Japan Automobile Federation).

3. Troca da carteira estrangeira pela carteira japonesa

As duas opções anteriores só valem por 12 meses. Se você vai estudar, trabalhar ou ficar mais tempo no Japão precisa trocar sua carteira por uma carteira de motorista japonesa. A esse processo se chama “gaimen kirikae”. Ele varia com sua nacionalidade.

Se você é de Portugal, Espanha, Alemanha, França, Reino Unido, Itália ou Suíça, entre outros, não precisa fazer prova prática nem teórica para validar carteira. Somente precisa apresentar os documentos necessários (passaporte, cartão de residência, carteira válida, tradução oficial, comprovante de residência) e passar em exame de vista.

Se você é do Brasil, México, Colômbia, Argentina, Chile ou Estados Unidos terá que fazer provas teóricas e práticas para tirar a carteira japonesa.

Tudo isso se tramita em um escritório da JAF ou na secretaria de trânsito local. Preste muita atenção com os processos porque no Japão tudo se tramita com rigor e seriedade. Se alguém com carteira válida alugar um carro e você quiser dirigir sem permissão pode levar uma multa bem pesada.

Requisitos e documentos para dirigir no Japão

Ter carteira válida não é o único requisito para dirigir legalmente aqui. Tem mais algumas coisinhas. A maioria é igual ao resto do mundo como ter o seguro em dia. Outras são um pouco diferentes. Vamos ver o que mais precisa saber:

• Idade mínima e máxima para dirigir: no Japão só pode dirigir quem tem mais de 18 anos. Não tem idade máxima para dirigir. Quem mora lá e tem mais de 70 anos precisa renovar a carteira com mais frequência.
• Seguro obrigatório: todo carro precisa ter o seguro obrigatório japonês (Jibaiseki). Se você alugar um carro, esquenta não que ele terá seguro. Muita gente prefere fazer um seguro extra (Nini Hoken) para cobrir danos ao carro e a terceiros.
• Tolerância de álcool: zero! Não beba nada antes de dirigir. As multas são pesadíssimas (¥1500.000 / $3.280 USD). e você pode até acabar na cadeia! Se alguém lhe deixar dirigir com álcool, essa pessoa também será punida.
• Inspeção e manutenção do carro: todo carro no Japão precisa passar por uma inspeção técnica obrigatória (Shaken) a cada dois anos.

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Regras de trânsito e sinalização no Japão

A gente já resolveu a questão da habilitação para dirigir no Japão. Falemos de outras coisas que precisa saber antes de ligar o carro. As regras de trânsito no Japão são iguais às do resto do mundo? Sim e não… preste atenção nessas regrazinhas fundamentais para eles e para si, que está dirigindo em um país que não conhece:

• Mão de direção: no Japão se dirige na mão inglesa, ou seja, na esquerda. Se você nunca fez isso, vai ser estranho no começo. Preste bastante atenção, principalmente nos cruzamentos.
• Limites de velocidade: são aixos comparados com outros países. Na cidade, 40 km/h. Em estradas secundárias, 50–60 km/h. Nas autoestradas entre 80 e 100 km/h. Em áreas escolares ou residenciais, o limite é ainda menor.
• Uso de celular: absolutamente proibido mexer no celular enquanto dirige.
• Sinalização: a sinalização japonesa é um pouco diferente da do resto do mundo. As placas de “pare” são triângulos vermelhos invertidos com letras japonesas. E os semáforos têm uma luz verde que parece azul. Não é defeito não, é cultura diferente, valeu?
• Multas e infrações comuns: as multas por desrespeitar regras de trânsito são bem pesadas. Mexer no celular enquanto dirige pode valer multa de até ¥100.000 ($656 USD). Dirigir bêbado? Até três anos de cadeia ou multa fera. Excesso de velocidade pode significar perda de carteira.

Pedágios e combustível

Você já ficou sabendo alguma coisa, já pode dirigir. Passando para tópicos mais práticos agora: dois lances para resolver na hora são os pedágios e o combustível. O que falta saber sobre isso?

1. Como funcionam os pedágios no Japão

Importante: a maioria das autoestradas no Japão são pagas. O valor depende da distância e do trajeto. Dirigir de Tóquio a Nagoya pode custar entre ¥7.000 e ¥8.000 (uns $47–54 USD). Para trajetos mais curtos calcule uns ¥25 ($0,17 USD) por quilômetro.

Como pagar? Na entrada da autoestrada pega um ticket. Na saída entrega o ticket e calcula o valor a pagar. Dá para pagar em dinheiro, aí leve moedas.

Outra opção é pedir o sistema eletrônico ETC (Electronic Toll Collection) quando alugar o carro. É um cartão que você coloca no carro. Ele é pré-pago e o valor é descontado quando passa pela cancela. É bem intuitivo e ainda oferece descontos.

2. Abastecer no Japão

Os postos de gasolina no Japão são bem eficientes, com opções de self-service e atendimento de funcionários. Se for em um posto automático selecione na tela:

• Vermelho: gasolina normal
• Amarelo: gasolina premium
• Verde: diesel

E quanto custa o combustível? O litro da gasolina normal estará próximo dos ¥185 ($1,27 USD). Apesar do alto custo de vida local esse preço está na média comparado com outros países. Pode pagar em dinheiro ou com cartão (alguns postos também aceitam aplicativos de pagamento).

Estacionamento no Japão

Outra coisa importante: não dá para estacionar onde você quiser. As regras são bem rigorosas. Deixar o carro estacionado em zona proibida pode sair caro.

Na maioria das cidades japonesas só dá para estacionar em estacionamentos próprios. Tem estacionamentos subterrâneos, na rua, de vários andares e outros tipos. Um tipo curioso e comum é o de bloqueio de rodas. Quando você estaciona em zona proibida uma barra metálica sobe embaixo do carro e só abaixa quando pagar a tarifa na máquina.

Como reconhecer esses estacionamentos? Preste atenção nas placas:

• Placa de círculo azul com um P branco: estacionamento permitido.
• Círculo vermelho com uma barra transversal: estacionamento proibido.
• Placas com horários: indicam restrições dependendo da hora.

O preço varia muito com a região. Em bairros centrais de Tóquio ou Quioto você pode pagar entre ¥400 e ¥600 (entre $2,70 e $4,05 USD) por meia hora. Em áreas menos turísticas ou rurais tem a partir de ¥100 (uns $0,70 USD) por hora ou até de graça. Também tem tarifas fixas para o dia todo que custam em torno de ¥700 (uns $4,70 USD).

Opções de aluguel de carro no Japão

Espere um pouco, ainda não ligue o carro não… ué, que carro deve alugar?! No Japão é fácil encontrar agências de aluguel locais e internacionais com baita opções. O melhor carro dependerá da viagem que estiver planejando.

Para trajetos urbanos ou escapadas curtas tem os carros compactos. São os mais baratos, custando uns ¥5.000 ($33 USD) por dia. Carros elétricos ou híbridos também são boa opção para esse tipo de viagem mas são um pouco mais caros.

Se prefere uma viagem mais longa ou visitar áreas montanhosas, alugue vans ou SUVs. Eles custam uns ¥10.000 ($66 USD) por dia e muitos já vêm com GPS em inglês. Se precisa de mais espaço para se locomover no Japão tem vans maiores disponíveis (por uns ¥15.000 / $99 USD por dia).

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Dicas para dirigir no Japão sendo gringo

Show! Com tudo isso você já tem tudo que precisa para dirigir no Japão. Quer mais umas dicas? Anote aí:

• Leve sempre os documentos com você: pode parecer óbvio mas não custa lembrar. No Japão dá multa se não tiver passaporte, carteira de motorista internacional e os documentos do carro.
• Cuidado com ciclistas e pedestres: em cidades como Tóquio ou Quioto tem muita bicicleta e pedestres atravessando em lugares sem semáforo. Dirija sempre devagar e com muita atenção.
• Use um GPS em inglês ou um aplicativo com mapas offline: nem todas as placas estão em inglês. Se não sabe ler japonês é difícil se orientar. Um GPS atualizado será vital para sua aventura de quatro rodas.
• Não subestime as distâncias: mesmo que as distâncias não pareçam longas, por limites de velocidade e semáforos, sempre vai demorar mais do que imagina.
• Confira seu trajeto antes de sair: importante para zonas de montanha. Algumas estradas não são recomendadas para quem não conhece a região. Preste muita atenção!
• Dirija com calma: no Japão ninguém buzina, todo mundo respeita pedestres e dirige sem agressividade. Se adapte e siga o fluxo.

Perguntas frequentes sobre como dirigir no Japão

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Manuel Tinoco de Faria

Translator

Olá, sou o Manel, tenho 30 e muitos e pouco tempo de casa aqui na Holafly. Amo traduzir e divulgar o conteúdo da Ana, da Silvia, da Victoria e dizer YES/Sííííííuuuu a todos os textos que acrescentem valor a quem por aqui passa e precisa de saber mais sobre viagens e cenas. Tenho família no Brasil (aí, sou redator de PT BR, sacou?) e já andei por uma data de sítios, embora tenha sempre fome para conhecer mais (se por lá houver arroz, melhor:) Top de cidades: 1. Barcelona 2. Chicago 3. Porto (jamé 'Oporto', deixem-de disso!) OK, já chega. Passeiem pelo nosso site e divirtam-se com os nossos conteúdos!

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