Como se preparar para um voluntariado na América Latina?
Conheça os projetos, saiba os requisitos, se ajeite com os custos e se prepare para essa viagem solidária de sonho.
Fazer um voluntariado na América Latina não é só sobre ajudar, mas também sobre se conectar de verdade com outras culturas e realidades. É por isso que vale tanto a pena.
A parada é a seguinte: o voluntariado não começa quando você chega, mas sim quando se pergunta por que quer fazer isso, o que quer aprender e como vai ajudar de forma responsável. Se preparar bem é importante não só pela logística, mas também para ter a atitude certa e respeitar as pessoas e os lugares que vai conhecer.
A gente conta tudo para você dar o primeiro passo: os tipos de voluntariado que existem na América Latina, como se preparar, o que considerar para escolher o melhor projeto e o que esperar quando chegar aqui. Se está a fim de fazer algo diferente ou só quer saber mais, esse guia é show.
Vantagens de fazer voluntariado na América Latina
Um voluntariado na América Latina muda não só as comunidades que ajuda, mas também você. Dê uma olhada nas vantagens de sua viagem solidária:
- Cultura de verdade: não é a mesma coisa que só visitar um lugar. Ao viver com a galera local você ganha um novo olhar: costumes, jeitos de pensar, tradições, desafios do dia a dia. É um jeito autêntico de conhecer o continente, bem para além do turismo.
- Habilidades turbinadas: se adaptar ao novo, trabalhar em equipe, resolver problemas. No voluntariado, você aprende um montão e cresce muito como pessoa e profissional.
- Saúde mental e emocional: ajudar os outros faz superbem para a mente! Vários estudos mostram que o voluntariado diminui o estresse, combate a depressão e aumenta a autoestima, lhe dando um propósito e uma sensação boa de realização.
- Amizades que valem a pena: nos projetos você passa tempo com pessoas locais e outros voluntários. É chance de criar laços, fazer amigos e conhecer gente com ideias diferentes.
- Ajudar a mudar o mundo: seu tempo e energia fazem a diferença! Seja em projetos de educação, meio ambiente ou na comunidade, participar de algo que impacta a vida das pessoas deixa a sua marca, por menor que pareça.
O que precisa para fazer um voluntariado na América Latina
Antes de embarcar nessa aventura, é bom saber algumas coisas importantes. Não precisa ter tudo pronto de cara, valeu? Importa entender que essa experiência, por mais legal que seja, exige bom planejamento. Aqui tem os principais requisitos:

1. Idade mínima
A maioria dos programas de voluntariado na América Latina pede que tenha pelo menos 18 anos. Alguns aceitam voluntários a partir dos 17, desde que tenham autorização dos pais ou responsáveis.
2. Documentos
É essencial ter passaporte válido. Algumas ONGs podem pedir:
- Currículo: para saber sua experiência e formação.
- Carta de motivação: explicando por que você quer participar do voluntariado.
- Certidão de antecedentes criminais: para garantir a segurança das comunidades.
- Fotos recentes: para identificação.
3. Visto
Depende do país e do tempo que você vai ficar. Se o voluntariado durar menos de 90 dias dá para entrar como turista em muitos países. Se for ficar mais tempo vai precisar de um visto específico.
Por exemplo, na Colômbia precisa de um visto Tipo V se for colaborar com uma ONG por mais de três meses. Eles lhe dão uma carta e você também precisa ter seguro de saúde e fazer alguns trâmites. No México, se o voluntariado for de longa duração, dá para pedir visto de residente temporário pelo Instituto Nacional de Migración. Em países como o Peru a própria ONG ajuda a tirar um visto especial se ficar mais de 90 dias.
Cada país tem suas regras. Consulte com a embaixada ou o consulado, os requisitos mudam com a sua nacionalidade e o tipo de projeto. É bom checar tudo com antecedência para viajar tranquilo.
4. Seguro de saúde
Ter seguro de saúde internacional é fundamental. Ele deve cobrir doenças, acidentes, internação e, em alguns casos, repatriação. Algumas ONGs oferecem seguro como parte do programa. Se não for o caso terá que contratar por conta própria.
5. Vacinas
Dependendo do país e da região onde você vai fazer o voluntariado, pode ser necessário tomar algumas vacinas como as de febre amarela, hepatite A e B e tétano. Consulte um centro de vacinação internacional ou as autoridades de saúde do seu país antes de viajar.
6. Custos
Fazer um voluntariado na América Latina nem sempre sai de graça. Alguns programas incluem hospedagem, alimentação e apoio, mas muitos também pedem uma grana para cobrir custos. Dependendo do país e da organização, essa taxa pode variar de 17 a 25 dólares por dia. Também tem outros gastos como passagens, seguro de saúde, transporte interno e visto se você ficar mais de 90 dias.
7. Habilidades
Muitos programas não exigem habilidades específicas, mas experiência em áreas tipo educação, saúde, construção ou idiomas pode ajudar. Saber o básico do idioma local facilita a comunicação e a integração na comunidade.
8. A conexão ideal para sua viagem social
É importante pensar em como você vai se manter conectado. Em muitos lugares da América Latina, tipo em áreas rurais, ter uma conexão estável faz toda a diferença. Os planos mensais da Holafly são uma ótima opção: funcionam com eSIM, oferecem dados ilimitados, permitem compartilhar internet e pode ativar tudo quando chegar, escaneando um simples código QR.
Pode pular entre países sem ligar para roaming ou comprar chip novo em cada lugar. Se trabalhar em diferentes regiões ou precisar estar disponível para coordenar atividades, ter uma conexão estável lhe dá tranquilidade e flexibilidade. E o melhor: você não perde seu número de WhatsApp e tem suporte 24 horas por dia, 7 dias por semana quando precisar.

Melhores programas de voluntariado na América Latina
A seguir, seis programas com diferentes formas de participar: desde opções organizadas por ONGs até alternativas independentes e econômicas. Confira as informações principais para comparar e escolher o melhor para você:
1. International Volunteer HQ (IVHQ)
É uma das organizações mais conhecidas no mundo para fazer voluntariado, com programas em países como Peru, Equador, México e Brasil. Os projetos são em áreas de educação, meio ambiente, saúde e desenvolvimento comunitário, aí pode escolher o que mais lhe seduz. Para participar basta ter pelo menos 17 anos, preencher um formulário online e pagar uma taxa de inscrição de cerca de 299 dólares.
A duração do voluntariado é flexível: de uma semana a seis meses, dependendo do seu tempo. A IVHQ oferece hospedagem, alimentação, transfer do aeroporto, orientação inicial e suporte local 24 horas por dia. O preço começa em 285 dólares por semana, mais inscrição.
2. Volunteering Solutions
Tem programas de voluntariado no Peru, Equador e Costa Rica, focados em ensino, saúde, cuidado infantil e meio ambiente. Ideal se você busca um projeto estruturado e com impacto direto nas comunidades.
Para participar precisa ter mais de 17 anos e apresentar certidão de antecedentes criminais. Os programas duram de 1 a 24 semanas e incluem hospedagem, alimentação e transfer do aeroporto. O preço começa em 495 dólares por semana.
3. Projects Abroad
É ótima opção se quer um voluntariado mais especializado e com acompanhamento profissional. Eles têm projetos únicos na América Latina, como arqueologia no Peru, proteção ambiental no Equador e apoio social na Argentina, com uma pegada mais técnica e estruturada. Os requisitos variam com o programa: geralmente pedem ensino médio completo, entrevista e exame médico antes de começar.
Os programas podem durar de uma semana a vários meses e são bem completos: incluem hospedagem, alimentação, seguro e assistência local. É também uma opção mais cara: os preços começam em 1.300 dólares por semana, dependendo do projeto.
4. Volunteer Latin America
Excelente opção se quer fazer voluntariado na América Latina sem gastar muito. Essa plataforma conecta com organizações locais na América Central e do Sul que oferecem oportunidades gratuitas ou de baixo custo. Há projetos em diversas áreas, desde meio ambiente e educação até desenvolvimento comunitário, e cada organização define seus próprios critérios, então os requisitos podem variar.
A duração é flexível, dependendo do tipo de voluntariado e do acordo com a ONG. A hospedagem e a alimentação estão inclusas, o que facilita se você tem orçamento limitado. Você só paga uma taxa de acesso à plataforma e depois pode se candidatar diretamente aos programas.
5. Workaway e WWOOF
Duas plataformas perfeitas se busca uma experiência de voluntariado mais livre, acessível e baseada no intercâmbio cultural. Na WWOOF vai colaborar em fazendas orgânicas. Com a Workaway pode participar de projetos comunitários, ecológicos, hostels, escolas ou famílias locais. O legal é que não precisa de muitos requisitos: basta pagar uma anuidade (cerca de 25 dólares) e combinar tudinho com os anfitriões. Cada anfitrião tem suas próprias condições, aí deve ler bem as descrições.
A duração é bem flexível: pode ficar de uma semana a vários meses, dependendo do acordo. Em troca de 4 a 6 horas de trabalho por dia eles dão hospedagem e alimentação, o que torna essa opção bem econômica.
6. United Planet
Ótima alternativa se busca um voluntariado mais imersivo e de longo prazo. Tem programas na Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador e México em áreas como educação, saúde, sustentabilidade ambiental e empoderamento feminino. Os requisitos variam de acordo com o projeto, mas geralmente incluem uma formação prévia na área em que você vai colaborar, o que os torna ideais para quem quer se dedicar de verdade e aprender a fundo.
A duração mínima é de 6 meses. Pode ficar até um ano, criando laços reais com a comunidade. Eles incluem hospedagem, orientação, apoio local e, em alguns casos, bolsas parciais para reduzir custos. Também tem planos com descontos de até 20% se você se inscrever com antecedência.
Tipos de projetos de voluntariado na América Latina
Na América Latina tem baita projetos de voluntariado que se encaixam nos seus interesses e habilidades. Dê uma olhada para ter uma ideia de como é cada experiência:

- Apoio escolar: muitos voluntariados são em escolas rurais ou bairros carentes, em países como Peru e Guatemala. Pode ajudar a ensinar inglês, fazer atividades divertidas, dar apoio nas tarefas escolares ou até organizar pequenas oficinas de leitura ou ciências. É uma forma direta de acompanhar o aprendizado de crianças que nem sempre têm muitos recursos.
- Preservação do meio ambiente: países com muita natureza, como Costa Rica e Brasil, têm projetos de conservação: proteger tartarugas marinhas no litoral até reflorestar florestas tropicais ou monitorar animais selvagens. Em áreas protegidas pode plantar árvores, cuidar de ninhos ou registrar dados sobre a fauna na selva.
- Cuidado com animais: há abrigos para cães e gatos nas cidades, mas também santuários para animais selvagens. Pode cuidar de animais resgatados, participar de campanhas de castração ou ajudar na alimentação e limpeza diária.
- Saúde e apoio à comunidade: em regiões rurais da Colômbia ou Bolívia se organizam ações de saúde com voluntários que ajudam em feiras médicas, campanhas de vacinação ou palestras sobre higiene e nutrição. Nem sempre é preciso ser médico, pode ajudar na organização, registro ou na tradução.
- Desenvolvimento comunitário: há muitos programas no México e na América Central buscando fortalecer o empoderamento feminino com aulas de liderança, alfabetização ou capacitação para o trabalho. Pode acompanhar grupos de apoio ou ajudar com ferramentas que facilitem o desenvolvimento via aulas de habilidades práticas ou microempreendimentos.
- Comunicação e divulgação de projetos: muitas ONGs locais precisam de ajuda com comunicação digital, redes sociais, campanhas de conscientização ou criação de conteúdo. Pode escrever textos, criar posts, tirar fotos ou ajudar nas estratégias de divulgação.
- Melhoria de infraestruturas: organizações como a TECHO reúnem voluntários para construir casas de emergência e depois desenvolvem programas de inclusão social, ensinando habilidades técnicas ou ajudando a organizar cooperativas locais.
- Voluntariados tipo Workcamp: os workcamps reúnem pessoas de diferentes países durante 1 a 3 semanas para trabalhos comunitários, limpeza de monumentos, restauração ou atividades de integração cultural. São momentos intensos de trabalho e convivência, sem precisar de skills.
Quanto custa fazer voluntariado na América Latina?
Fazer voluntariado na América Latina tem alguns custos, mas também ajuda a economizar em muitas coisas que gastaria se viajasse por conta própria. Para ter uma ideia veja como esses gastos se dividem:
- Taxa do programa: se escolher um programa de voluntariado organizado, como os da Projects Abroad ou GVI, o custo costuma ser entre 1.940 e 2.750 dólares por duas semanas, incluindo hospedagem, alimentação, transporte local e seguro. Tem alternativas mais acessíveis, como o IVHQ, com programas a partir de 285 dólares por semana, mais taxa de inscrição de 299 dólares.
- Passagens aéreas: o preço das passagens varia de acordo com o local da partida, mas fica entre 480 e 540 dólares para ir dos EUA a cidades como Lima ou San José.
- Vistos e documentos: para estadias longas (mais de 3 meses) o custo dos vistos pode variar de 30 a 150 dólares, dependendo do país.
- Seguro de saúde internacional: cobre emergências, acidentes e repatriação. Custa entre 50 e 100 dólares por mês, dependendo da cobertura e da sua idade.
- Transporte e gastos extras: transporte local (ônibus, táxi, bicicleta): em média, de 60 a 90 dólares por mês. Gastos pessoais como celular, higiene, lembrancinhas ou passeios ficam entre 100 e 150 dólares por mês.
Perguntas frequentes sobre como fazer voluntariado na América Latina
Depende do país e do tempo que você vai ficar. Se for por menos de 90 dias, muitos países permitem entrar como turista. Para estadias mais longas pode ser necessário um visto específico para voluntariado.
A maioria inclui hospedagem, alimentação, transfer do aeroporto, suporte local e orientação. Alguns também oferecem seguro de saúde e treinamento.
Desde ensino e apoio a crianças até conservação ambiental, saúde comunitária, empoderamento de mulheres ou cuidado com animais. Tem muita opção para diferentes interesses e perfis.
Que é isso… muitos programas não exigem experiência específica, somente alguns mais técnicos (como saúde ou educação) podem pedir formação ou conhecimentos básicos.
Poderá estender seu voluntariado se houver vaga e você cumprir com os requisitos. Lembre só de tramitar com antecedência questões tipo o visto, o seguro e a hospedagem.
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