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Viver no Marrocos: qualidade de vida, o bom e o menos bom
Sinta a cultura árabe ao viver no Marrocos como estrangeiro e saiba tudo sobre a qualidade de vida nesse país.
Situado no extremo noroeste do continente africano, o país combina a cultura da África com uma crescente abertura ao mundo atual. Se está considerando viver no Marrocos por uma temporada para trabalhar remotamente como nômade digital, estudar ou passar alguns meses saindo de Marrakech até ao deserto, a gente vai ajudar a preparar sua viagem a esse país africano.
Vamos analisar como se vive aqui, falar de alguns aspectos importantes para o dia a dia de um residente no país. Como é o sistema educativo, acesso à saúde, a economia, o mercado de trabalho ou se é um lugar seguro para viver. Vai saber tudo sobre a conectividade à internet para poder trabalhar remotamente e quais as principais vantagens ou desvantagens que poderiam influenciar sua estadia. E aí, tudo pronto para seguir rumo ao Marrocos?
Como é a qualidade de vida no Marrocos?
O Marrocos é destino que pode lhe dar uma qualidade de vida média. Por um lado tem certas limitações e carências nos serviços disponíveis para seus residentes, mas por outro lado, o custo de vida é bem baixo. Isso pode ser legal, se você é nômade digital com salário proveniente de clientes estrangeiros. Poderá viver de forma bem confortável. Vamos falar de cada ponto e como você pode acessar como estrangeiro.
Sistema educativo
Se você é estudante internacional e gostaria de viver no Marrocos para iniciar algum curso, o certo é que ainda existem certas limitações. Segundo o Índice de Progresso Social (2023), o Marrocos ocupa o 96º lugar de 169 países no componente de acesso à educação de qualidade, um lugar bastante alto que reflete os problemas atuais que sua estrutura educativa sofre.
Embora a educação no Marrocos seja gratuita e obrigatória até os 16 anos, muitas escolas têm problemas de manutenção, falta de tecnologia e de pessoal qualificado, o que faz com que as taxas de abandono escolar sejam altas, sobretudo nas zonas rurais. Se você quer estudar aqui em universidade, essas são as opções:
- Universidades públicas: se você tem um visto de estudos e os requisitos acadêmicos exigidos, poderá escolher programas em árabe, francês e, em alguns casos, em inglês em universidades como Université Mohammed V de Rabat ou Université Hassan II de Casablanca.
- Universidades privadas: a maioria oferece estudos bilíngues com instalações melhor preparadas, como a Al Akhawayn University em Ifrane.
- Intercâmbios e programas internacionais: você pode solicitar a bolsa Erasmus+, já que a Europa tem certos convênios com alguns países africanos.
Acessando o sistema de saúde no Marrocos
O sistema de saúde aqui é misto, público e também privado. Vivendo no Marrocos poderá escolher pela saúde pública, gerida pelo Ministério da Saúde, gratuita ou de baixo custo, mas com problemas de superlotação, listas de espera e falta de equipamento. Os melhores hospitais públicos do país são: o Hospital Universitário Internacional Cheikh Khalifa em Casablanca, CHU Ibn Sina em Rabat ou o Hospital Universitário de Marrakech (CHU Mohammed VI).
Por outro lado, a saúde privada, se você contratar um seguro médico, te garante um acesso mais rápido e de maior qualidade em centros como Clinique Ghandi em Casablanca ou Clinique Atlas em Rabat. Aqui tem os direitos para estrangeiros atendidos na saúde marroquina, tanto pública como privada:
- Turistas: não tem direito à saúde pública gratuita, por isso recomendamos que venha com um seguro viagem internacional de cobertura médica ampla.
- Residentes estrangeiros: se você trabalha em empresa local ou é autônomo pode se registrar no sistema público MO (Assurance Maladie Obligatoire), para se beneficiar da atenção médica gratuita.
- Estudantes e nômades: tanto se você vier viver no Marrocos para estudar ou trabalhar remotamente, deve solicitar uma apólice médica privada.
A segurança vivendo no Marrocos
O Marrocos é considerado um lugar seguro, com precauções que devem ser tomadas em algumas zonas turísticas ou à noite. Segundo o índice do Numbeo (2024), esse país tem um índice de criminalidade moderado de 49 sobre 100 e um índice de segurança em zonas urbanas de 58/100. Além disso, o Índice Global de Paz 2023 o coloca no 74º lugar de 163 países, acima de Brasil, Estados Unidos ou México.
Este país se esforça para melhorar o controle policial e a vigilância, como ocorre nas cidades de Rabat, Casablanca, Marrakech, Fez e Agadir. Os principais delitos que são cometidos neste país são furtos, carteiristas, golpes a turistas e a condução caótica, por isso se você tem a intenção de dirigir no Marrocos deve ter muita precaução. As cidades que recomendamos por sua segurança para residir são Rabat, Agadir, Essaouira e Tetuán.
A economia e mercado de trabalho do Marrocos
A economia daqui se baseia principalmente em setores como turismo, agricultura, o têxtil, as energias renováveis e os investimentos estrangeiros. O Marrocos é dos países africanos mais estáveis a nível macroeconômico e é considerado uma porta de entrada para empresas estrangeiras, já que tem acordos comerciais assinados com a UE e os Estados Unidos.
Quer viver e trabalhar no Marrocos? Se for fazer isso em uma empresa local, o salário mínimo profissional é de aproximadamente uns $323 (€285) por mês e para alguns postos qualificados, o salário pode estar entre $625 (€550) a $2.042 (€1.800), mas o custo de vida daqui é bem mais baixo que qualquer outro destino europeu. A maioria de estrangeiros que vêm aqui residir são nômades digitais, aí o salário que recebem pertence a clientes ou empresas estrangeiras.
Conecte-se à internet no Marrocos
A infraestrutura digital que terá ao viver no Marrocos está cada vez mais desenvolvida, com cobertura 4G nas zonas urbanas e com testes para lançar o 5G. As principais operadoras que você pode contratar aqui são Maroc, Telecom, Orange e Inwi, que oferecem uma velocidade média de internet fixa de 38 Mbps e de 33 Mbps no celular.
A conectividade à internet no Marrocos lhe permitirá fazer compras online, usar serviços digitais e trabalhar remotamente, embora em algumas zonas rurais pode ter desconexões súbitas. Para viagens curtas pode comprar o eSIM para Marrocos da Holafly e garantir dados ilimitados somente para os dias que necessita.
Para estadias mais longas os planos mensais da Holafly são a melhor solução com assinatura mensal e sem falhas. No plano ilimitado curta cobertura 5G top e conexão simultânea em vários dispositivos, $50.50 por mês. Além disso pode viajar para mais de 170 destinos com o mesmo eSIM!
Vantagens de viver no Marrocos para estrangeiros
A principal vantagem de viver no Marrocos é o baixo custo de vida, junto com o exótico estilo de vida e um mix de culturas interessantes para conhecer. Se ama a tradição árabe aqui é o lugar perfeito para viver por uma temporada e aprender seus costumes, assim como respeitá-los. Os benefícios pessoais e profissionais de sentir uma nova cultura são bem positivos. E aí, quer saber mais pontos favoráveis?
- Clima top: aqui tem um clima mediterrâneo na costa com invernos suaves e verões quentes. Marrakech, Agadir ou Essaoira têm mais de 300 dias de sol por ano, aí é destino bem legal para curtir atividades ao ar livre.
- Baixo custo de vida: viver no Marrocos e ter salário estrangeiro é uma grande vantagem. Com um orçamento de $680 a $1.135 (€600 a €1.000) pode viver sem estresse e pagar aluguel, alimentação, transporte e lazer.
- Cultura rica e diversa: a cultura que se respira aqui tem uma mistura única das tradições árabe, berbere, africana e francesa. Poderá desfrutar de seus festivais, gastronomia e do patrimônio arquitetônico de cidades imperiais como Fez, Marrakech ou Meknes.
- Proximidade com a Europa: Marrocos está beirando a Europa, aí pode viajar para lá através da Península Ibérica. Os voos são econômicos, uma vantagem para nômades que necessitem se mover facilmente entre ambos os continentes.
Desvantagens de viver no Marrocos para estrangeiros
A cultura desse país, sobretudo nas zonas rurais, ainda é bem conservadora, por exemplo respeitando a mulher. Acreditamos que a principal desvantagem ou aspecto negativo é ter que aceitar costumes que podem ir contra suas crenças, mas se decidir viver no Marrocos deverá se adaptar a suas tradições. Contamos que outras limitações você pode encontrar aqui:
- Barreiras idiomáticas: o idioma oficial é o árabe e o amazigh em algumas regiões, embora também se fale francês. Se você não tem conhecimentos de nenhum deles vai ser mais complicado poder se integrar na sociedade ou trabalhar em uma empresa local.
- Restrições sociais e culturais: embora o Marrocos seja mais liberal que outros países muçulmanos tem restrições culturais que você deve respeitar como sua religião, não consumir álcool ou não ter demonstrações de afeto em público.
- Infraestrutura desigual: nas zonas rurais a qualidade do transporte, conectividade à internet ou serviços médicos podem ser limitados, algo que não ocorre nas grandes cidades como Casablanca.
- Direitos das mulheres: infelizmente, a mulher estrangeira aqui pode se sentir assediada em público, algo que as autoridades estão tentando frear com novas leis. Também existe uma atitude muito conservadora a respeito de como deve se vestir uma mulher ou como deve se comportar.
Perguntas frequentes sobre como é viver no Marrocos
Sim, muitos viajantes estrangeiros podem entrar sem visto por até 90 dias, mas para estadias mais longas por motivo de trabalho, estudos ou residência, precisa pedir uma permissão com a Direção Geral de Segurança Nacional no Marrocos.
Sim, mas você necessita uma oferta de emprego e permissão de trabalho. Você poderá encontrar emprego como estrangeiro em setores como o turismo, o ensino de idiomas ou a tecnologia.
Muitos jovens falam inglês e também nas zonas turísticas, no entanto, o francês é o segundo idioma mais falado após o árabe.
Poderá encontrar alojamento mais facilmente em cidades como Marrakech, Casablanca, Rabat ou Agadir. Recomendamos que os visite pessoalmente antes de assinar o contrato, para evitar os golpes.
Nas principais cidades você pode contar com ônibus e bondes modernos, como em Casablanca ou Rabat. O transporte é econômico, mas em algumas regiões o estado dos veículos pode ser descuidado e os horários não serem cumpridos.
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Olá, sou o Manel, tenho 30 e muitos e pouco tempo de casa aqui na Holafly. Amo traduzir e divulgar o conteúdo da Ana, da Silvia, da Victoria e dizer YES/Sííííííuuuu a todos os textos que acrescentem valor a quem por aqui passa e precisa de saber mais sobre viagens e cenas. Tenho família no Brasil (aí, sou redator de PT BR, sacou?) e já andei por uma data de sítios, embora tenha sempre fome para conhecer mais (se por lá houver arroz, melhor:) Top de cidades: 1. Barcelona 2. Chicago 3. Porto (jamé 'Oporto', deixem-de disso!) OK, já chega. Passeiem pelo nosso site e divirtam-se com os nossos conteúdos!
